sábado, 20 de agosto de 2011

Salvador- Bahia



Largo Pedro Archanjo - Pelourinho Salvador BA  Palestra com o professor Ubiratan Castro foi uma das apresentações do primeiro dia da Semana de Cultura Popular
 Mostrar e valorizar a riqueza cultural baiana em vídeos, palestras, danças, culinária e demais manifestações artísticas da Bahia. Essa é a proposta da Semana de Cultura Popular que começou ontem e vai até a sexta-feira (19) no Centro Antigo de Salvador. A abertura do evento foi realizada por Arany Santana, pedagoga e coordenadora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), órgão criado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) com o objetivo de fomentar as múltiplas vertentes culturais que o estado possui.
Arany explicou a importância do evento e da criação do CCPI. “A Semana de Cultura Popular é uma primeira iniciativa do Centro e tenho certeza que trará muita riqueza e diversidade ao Pelourinho. Nosso Estado é muito rico em manifestações populares”, afirmou. O público pôde conferir o documentário Ser Quilombola, produzido pela jornalista Jaqueline Barreto, que mostra a realidade de comunidades que vivem na região do Recôncavo Baiano.
Logo em seguida foi a vez do professor e Diretor da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, dar uma aula sobre cultura popular, explicando as diferenças com o folclore. O professor prendeu a atenção da plateia quando citou a valorização das línguas pátrias para a identidade cultural dos povos. Ubiratan falou também sobre a criação do Centro de Culturas Populares e Identitárias. “O Centro não é um lugar apenas para fazer espetáculo e shows, é um espaço para que os diversos possam se encontrar e mostrar o que a Bahia tem de melhor, preservando nossas matrizes”, finalizou.
As demonstrações artístico-culturais ficaram por conta do Grupo de Samba Raízes de Santo Amaro, criado e organizado por Dona Nicinha. A apresentação contou também com performances do maculelê. “Estou muito feliz em mostrar nossas manifestações que são tão típicas em um lugar tão importante para a cultura que é o Pelourinho”, disse a animada sambadeira e primeira mulher tocadora de maculelê do Brasil.
Ao final, todos foram convidados para degustar uma iguaria trazida pelos africanos e bem típica dos baianos – o acarajé. Iracema Mota, supervisora do restaurante-escola do SENAC, falou sobre a gastronomia como forma de expressão cultural. “A gastronomia está diretamente ligada à cultura e na Bahia temos a miscigenação refletida em nossa culinária. Nossos pratos tem um pouco de italianos, africanos e índios, em uma junção muito peculiar, que vai desde o preparo até o servir. Além da forte ligação que temos com o religioso”, disse.
A iniciativa, inédita em todo o país, nasce da necessidade urgente de potencializar, valorizar e preservar as manifestações culturais baianas, sejam elas de matriz africana, indígena ou sertaneja, expressões tais que não se restringem à capital soteropolitana, mas, sobretudo, mostram a riqueza dos mais de 450 municípios do estado.
 Bonito, de grupos de capoeira e bandas de percussão. Hoje (16) haverá palestra com o Mestre Moraes, que falará sobre a capoeira, a apresentação do grupo Capoeira Angola e Regional. Para os participantes será montada uma oficina de Investigação Musical e o grupo Tambores e Cores finaliza o segundo 
Até sexta-feira (19), o público poderá conferir diálogos interculturais, experiências gastronômicas, os Caretas do Acupe, apresentação do Boidia da Semana de Cultura Popula
r.

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